TUDO O QUE ESCREVEU
- ''Você tem 16 anos, disse que escreve desde os 11, e diz que já se sacrificou pela poesia. Porque?
- ''Simplesmente porque é tudo o que eu sou, eu tive tudo, para não ser nada, até que me apaixonei e comecei a escrever, então eu nunca mais parei.''
-''Então você escreve só pelo motivo do amor?''
-''Acredito, que poetas começam assim, mas depois que o amor vem a acabar, não da nossa parte, a dor, na maioria das vezes, comandam a caneta.''
-''Mas o que você uma vez me disse, que a tua inspiração, o seu ''EU'' poeta, uma vez já foi embora, e você começou a enlouquecer, o que você fez, para tudo isso voltar?''
- ''Eu precisei morrer para deixar isto daqui vivo.''
Assim se foram as noites cujo qual eu sonhava.
Iam se passando assim como minha vontade de continuar.
E tudo o que eu desejava.
Insistia em acabar.
E não havia razões.
Tudo simplesmente se esvaia.
Dei a sobrevivência a tantos corações.
Mas o meu não sobrevivia.
Se preocupei com a lagrimas dos outros.
Sem nem se preocupar quando as minhas iriam cair.
E elas foram correndo de rosto por rosto.
Mas no meu rosto, elas nunca cansaram de se repetir.
Lutei mais uma vez, antes de sessar o meu amor.
Mas não resultou em nada.
Então eu necessitei morrer de dor.
Para deixar vivo, todas as palavras.
''Pois foi necessário''! Gritava o coração.
Transformando em poeta, aquele que era menino.
Ele não recusou a inspiração, e não obteve opção.
Colocar sua dor em uma linha, era o seu destino.
Parou varias vezes, disse que era para descansar.
Se portou como um tal poeta ao fazer aquilo.
Mas a inspiração resolveu lhe dar uma lição, quis lhe ensinar.
Ele teve que morrer para manter tudo o que escreveu vivo.''