ESTA VERDADE MINHA
É preciso crer para ver. Então, eu digo: esta minha verdade, com seu verdadeiro rosto, com seu verdadeiro corpo, com sua alma verdadeira, com seu verdadeiro espírito, com seu verdadeiro traje, este ser-verdade, é o mesmo ser que sei, desde sempre, este ser-amor; nenhuma armadilha artimanha engano falsa aparência me fará duvidar da sua realidade, que o que é nada nem ninguém o faz deixar de ser. Verdade minha, que a quero minha, verdade que se quer sem confronto com qualquer outra verdade alheia. Verdade que sempre se precisa para além do real imediato. Afinal, para ver é preciso crer. Eu creio em ti, verdade minha, por isso posso te ver, em toda a tua magnificência. E tu, a quem esta minha verdade pertence, tu o sabes. Tu o sabes, como eu, desta minha verdade. Tu, ainda que duvides, por direito e todo o tempo, da tua própria verdade, desta minha, desta que se pertence a ti, não podes nem consegues duvidar. Verdade minha, que nada pretende senão o direito de apenas existir, como uma planta, como uma ave, como uma raiz. Nada mais.
Em 22 de abril de 2010, Dia do Planeta Terra; republicação na manhã de 03 de outubro de 2011.