VILA ESCONDIDA DA CONSCIÊNCIA

VILA ESCONDIDA DA CONSCIÊNCIA

Tudo é lindo matizado com todas as cores, frutos maduros, pessoas

com cestas cheias de alimentos ou flores e carrocinhas que levam as

criancinhas novinhas acompanhadas de outras maiores que correm.

Parece perto a montanha que se atamanha quando perto do sopé se

olha, quem quiser pode respirar fundo pois é coisa de outro mundo

a nobreza da natureza.

Os cavalos sem estalos troteiam aqui e ali, sob o comando do homem

despojado que leva o cajado e o capuz, tem seu pé machucado mas

nenhum pingo de pus.

A vida é muito saudável, o legume só com estrume não tem veneno

nenhum, assim como as verduras que alimentam as criaturas as frutas

adoçam a vida corrida, esbaforida mas contente, toda essa gente,

enfrenta o dia a dia na mais doce euforia.

O cheiro de broa voa até o sentido que inspira o gostoso cheiro do

milho assado no fogão de pedra que comandado cozinha boas comidas.

Na porta uma senhora que se entorta para cumprimentar com um

sorriso alargado, mostra o banco envernizado de tanto usar, feito de

toco sem oco, cabelos bem penteados em tranças, ornados com tiras

de pano torcido envelhecido mas limpo, o avental de xadrez que se

confunde com o fundo de tanto que foi lavado, quarado, desbotado

do tempo que ninguém sabe.

Este lugar verdejante, pessoas com semblante de alegria passam

o dia trabalhando, cantando para o Santo do Dia.

A capela lá do alto toca o sino pequenino avisando que primeiro

os meninos devem se recolher, os mais velhos ainda terminam

o eito do trabalho começado pois esmiuçado, o campo dará bons frutos.

Aos poucos vão se encaminhando, na despedida se abraçam enlaçam

a amizade com o mais fino cetim.

Escurece lentamente e toda aquela gente, vai prá casa descansar, mas a reza, a oração, sai de dentro do coração, sobe manso até o céu e num Véu Iluminado os Anjos levam até Deus.

Sem orgia e vícios ninguém apresenta dor, não se ouve nenhum rumor,

rancor somente o clamor e amor a Jesus Cristo e Maria que protegem

a “Vila Escondida” da tirania bandida.

Uma Prosa Poética um pouco extensa, mas enquanto eu pensava escrevia, não quis quebrar a mensagem... .

Zastra
Enviado por Zastra em 01/10/2011
Código do texto: T3252318
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