Sede de beleza

SEDE DE BELEZA

A melodia em menor

O vestido dela cascata

Um fremir de flor que desata

Ante a angústia do som

Que até a beleza excita

Pernas e coxas driblam a visão afiada

Na ponta dos pés projeta o charme

Das nádegas de atleta empinada no salto da piscina

A música modula, ela impregna graça no movimento

Na lição de estética

E quem não tem alma poética?

Será que o ímã só atrai o igual e o contrário?

É lamentável o fadário de quem é cego ou refrata!

-Que fique claro a quem for contra:

Que respeite a visão que lhe afronta e

Que deixe pros poetas a idéia-platonismo

De quem tal qual anjo sem asa

Se atira e Deus sabe a causa

Na ilusão da beleza, no insondável abismo!!!