O Regador


 

Estava eu em “ponto de bala” quando cheguei no Café, por atribulações do cotidiano que às vezes me derrubam. Encontrei Antonio de Pádua, o grande professor de Educação Física, que não tem nome de santo por acaso. Disse à ele que precisava de uma assessoria em relações humanas. Em poucas palavras me fiz entender, como é sempre fácil para um amigo entender. Mas meu nervoso, minha revolta, não passavam, eu estava mesmo baqueada.

 

Antonio de Pádua me apontou sua moto. “ – Vê aquele regador?” Sim, era um regadorzinho verde, disse à ele que tenho um azul. “-Pois bem, quando isso acontecer, encha o regadorzinho e rezando uma Ave Maria, despeje lentamente a água sobre uma planta. Em seguida encha de novo, vá orando e molhando outra planta. E outra planta, outra planta...”


luciana vettorazzo cappelli
Enviado por luciana vettorazzo cappelli em 28/09/2011
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