Epifania do navegador

Veleiro torto, breve e desconhecido.

Alguns lugares parecem proibidos. Encontra-se somente a espera do pudor e da forma imaculada. Legião de errantes; sabemos que todos a pertence. Salva-se um anjo.

De adornos invisíveis, de asas tremulantes; com olhar de medo. Atitude contagiante nem sempre é sinal de verossímil prece atendida.

Quiçá as belas aparências não acarretem em decepção à vista do cais. Um bom marujo é aquele que sabe em que cais fixar-se. Não sou bom marujo, mas me contento em ser insistente.

Já naufraguei tentando a felicidade. Já chorei rios de tempestades. Tentei apagar com borracha as brumas que me impediam de seguir, cansei tentando refazer com o lápis exausto o mundo colorido que sempre sonhei.

E mesmo assim sobrevivi as intempéries.

Ventos! Soprem para o caminho correto, seja ele para qual lado for. Ondas fortes me ajudarão a ter mais resistência para a vida que segue. Sou forte e alguém me espera no cais.

Guilherme Heiz,

28/09/2011

Guilherme da Cruz
Enviado por Guilherme da Cruz em 28/09/2011
Código do texto: T3245128
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