8 de março.
Aquele ar autoritário, chatinho, crítico e uma auto-estima de amor próprio. Tudo na veia. Da pele branca. Melenas negras pra fazer de conta que és discreta, mas tens noção completa do sorriso que possui. As mãos do tamanho das minhas. A boca e a altura bem semelhantes. Somos mulheres e o desejo é inefável.
Poderíamos passar horas a fio conversando. De unhas ao classicismo, de namoradinhos ao amor. Ou apenas poderíamos sentir o gosto de nossas bocas e conhecer ainda mais, o que já conhecemos.
Você é complicada e bruta. Eu sou sentimental e amável. Quando nos vêem dizem que aquela é a mulher da relação ou aquela outra.
Mas nós somos mulheres. As vezes uma é mulher e meia. Tem as épocas.
Não é abraço na cintura ou no pescoço. Não é short, calça ou saia. Não é cabelo curto ou menos curto. Não é menos vaidosa ou desleixada. Não há padrão.
Pois mulheres, são infinitas.