DAVI E BETH SEBA.
DAVI E BETH SEBA.
Contemplando o nu de teu corpo, o absinto a fé removeu.
No harém onde tinha meu gosto...o meu corpo ao amor se rendeu.
Vislumbres do assalto surgindo, como louco fugindo ao sangrar,
A imagem estampada e proibida, surgida do inferno a ganhar.
Óh meu amor ! Por meu Deus...não vai embora !
Te suplico me ajude a pensar !
Pois mulher tu me destes...e agora ?
Só uma hora te quero deixar !
O Urias que é teu vai ser morto ! Esse torto não pode virar,
Na batalha...na guerra essa hora, amanhã o estorvo terá ?
Se a imagem a mim desse jeito, o que é feito do leito então ?
Se me dá o vislumbre o desejo, qual um beijo não terá nada não.
Beth Seba maldita estragada...tão fingida inocente a banhar,
Nessa tela exposta tão nua...põe me a rua me deixa chorar.
Ao querer a imagem abstrata...sonhador ao morrer não é meu.
O Urias não pode nem deve, ser estorvo...é servo de Deus.
O homem...o harém, mais a dor,
Do imenso vazio de amar.
Posso ter a cobiça ao meu lado,
Mas amor é nos dado em porções.
Se agiganta o harém.... Infelizes !
Beth Seba....era além da razão.
No castigo me trouxe consciência,
Tanta dor pelo amor que queria.
Beth Seba agora é rainha, como minha no roubo e na dor.
Não levanto os olhos...perdão.
Não entendo o direito do irmão.
Quero o belo, o doce.... E o direito ?
Tens a vida meu Deus....tens razão.