SER HUMANO: Um poço de incoerências (?!)

Espero não ter aparências de incoerência ao discorrer sobre essa questão, afinal, é comum falar sobre isso...

Lembro que houve uma época quando comecei a morar numa cidade e cumprir expediente na outra, quando havia um rigor bem maior em relação ao deslocamento de funcionários (fora de expediente), nos carros da empresa... E, o chefe havia orientado (explicitamente) que devia ser evitado o deslocamento de funcionários da empresa, nos horários fora de expediente...

O fato é que havia um colega que gostava de viver perigosamente... Também morava fora (numa cidade que distava menos de cinqüenta quilômetros) e, ia pra casa, após o expediente da empresa, com o veículo oficial (uma camionete)...

Certamente, havia recomendado que em tal horário deixassem o portão da rua escancarado... Quando vinha (já estava escuro), entrava com o carro e, evitava acender a luz da área... Pra completar o serviço, abaixava a parte traseira (a tampa) da carroceria e, quem passava na rua jamais notaria que havia um carro na área – Não pense que ele tinha uma garagem daquelas fechadas, que não tinha...

Possivelmente, cada pessoa a quem perguntarmos, saberá uma história de jeitinhos pra contar – Inclusive, estou lembrando-se de uma que aconteceu após mudar do sítio pra cidade...

Seguinte: Havia um vizinho que, ia almoçar no carro da repartição pública... Chegava pra almoçar e, colocava no tanque do carro uma mangueira que ia até um dos cômodos da casa, onde havia um tonel... No dia da feira (da cidade), aquele responsável pelo desvio de combustível revendia o produto subtraído da empresa pública a algum conhecido que vinha pra feira...

Como dizia, possivelmente, cada um sabe de alguma história de arrumadinhos... E, quando olharmos o tamanho do caos onde estamos, devemos considerar o jeitinho brasileiro em primeiro lugar...