NO SEIO DA VONTADE.





Pequena homenagem às vítimas da Região Serrana do Rio de Janeiro.



Chove, move-se o tempo através das águas,
Agudas trombas de águas que caem das serras,
Serração, ação da massa de ar frio sobre o sol,
Só, me encontro, perdido neste mar de águas,
De lama, de lixo, de bichos, que com a enxurrada descem,
Dos montes, um monte de galhos de árvores,
Árvores genealógicas desfazem-se entre prantos,
Tantos e tantos lares arrasados, invadidos, suprimidos,
Tomo um comprimido para a tosse, sem posse, precoce,
Minto à dor jurando tranquilidade, um alarde do destino,
Menino, sinto abandono, sem sono, sem abono, para o ônus,
Da maldade, só a claridade, do dia, me sacia a sêde, na sede,
Da cidade, na particularidade, dos homens que revelam a, Monstruosidade com simplicidade e plenitude,
A realidade, de quem nos assaltam os sonhos, os desejos e anseios,
No seio, da vontade.


Por: Jaymeofilho.
       21/09/2011.

Jaymeofilho
Enviado por Jaymeofilho em 21/09/2011
Reeditado em 21/09/2011
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