E por falar de saudade...
Me refiro à outra saudade, diferente dessa aí que querem que eu sinta. Essa minha saudade fica além de mim, ela vem do mar e da aurora. Me vem de repente e me arrebata, me deixa sem ar, sem calor, me deixa alegre, me deixa triste. Me faz ser mais eu. Me mostra o caminho. Me desintegra e me refaz. É a saudade que não se mata. Ela é incurável e irrefletível.
Faça-se dela meu único refúgio, meu único espaço, minha única saída.