MARESIA
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Olhei minhas mãos e chorei.
Chorei por ver que estão repletas dos vestígios do amor ofertado.
Acheguei-me assim, como se fora um deus inexplicável e entreguei-te sem reservas,
Todo o amor por tanto tempo guardado a esperar tua chegada.
Não intentava conquistar-te, somente amar, amar e amar.
Agora retiraste tuas águas e qual mar impetuoso, revolve-me em tuas entranhas,
Por penhascos desconhecidos em maremotos e insondáveis e obscuras ressacas.
Estava ali parada, areia fina e recatada e invadiste a praia me banhando com teu sal.
No vai e vem te entreguei e misturei ao teu sabor todo meu grão.
Agora vejo entre soluços salgados tua intenção: _ Nunca mais serei praia!
Tuas águas meu mar, tragaram minha porção...
Ser em ti, nesta louca confusão,
É agora consumação!
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Olhei minhas mãos e chorei.
Chorei por ver que estão repletas dos vestígios do amor ofertado.
Acheguei-me assim, como se fora um deus inexplicável e entreguei-te sem reservas,
Todo o amor por tanto tempo guardado a esperar tua chegada.
Não intentava conquistar-te, somente amar, amar e amar.
Agora retiraste tuas águas e qual mar impetuoso, revolve-me em tuas entranhas,
Por penhascos desconhecidos em maremotos e insondáveis e obscuras ressacas.
Estava ali parada, areia fina e recatada e invadiste a praia me banhando com teu sal.
No vai e vem te entreguei e misturei ao teu sabor todo meu grão.
Agora vejo entre soluços salgados tua intenção: _ Nunca mais serei praia!
Tuas águas meu mar, tragaram minha porção...
Ser em ti, nesta louca confusão,
É agora consumação!
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