Já trilhei caminhos desconhecidos, outros que me impressionavam pela familiaridade. Busquei definir sentimentos, mensurar sensações e qualificar amores. Vivi momentos de solidão, tive pensamentos inimagináveis e, por muitas vezes me permitir transbordar dores através de lágrimas. Fui esteio, porto-seguro, cais... Em momentos específicos que nem mais me reconhecia. Sustentei histórias, elevei pensamentos, roguei por paz. Fui muitas em uma só pessoa, sem nunca perder os atributos que definiram minha personalidade, que demarcaram minha particularidade, que arquivaram o que me era essencial. Hoje, caminho em busca de serenidade. A saudade já não me machuca, não espero muito de ninguém, nem me comprometo com o que não posso. Sentir passou a bastar e, definições não mais me interessam. Sentidos só mesmo aqueles que são possíveis. Não me basto, mas, aprendi a ficar só. Continuo transbordando dores em lágrimas, no entanto, não me permito chorar mais do que o necessário. Quero pouco do muito que a vida me oferece e, se em algum momento algo for insustentável, aprendi que é preciso permitir-se cair para que das cinzas à renovação aconteça.