Retomando o caminho...
Os segredos continuaram segredos.
Num disfarce teu rosto tornou-se temeroso.
Cambaleaste diante da verdade.
O ator mergulhado em tuas entranhas,
atuou titubeante.
A mácula machucou tua alma que gritava,
alucinada...
A evidência vestida de escárnio,
desfilou diante dos meus olhos.
Meu coração ferido chorou a dor do desatino.
Retomando o caminho do último verão,
revivi a travessia de outrora.
Removi todas os espinhos...
Serena em genuflexão me postei diante do Universo.
Deitei na relva, abri meus braços em cruz,
num ato de volição alcancei a abóboda celeste.
Só me restou passear pelo firmamento...
E continuar a minha vereda...
"O ser humano fenece a cada vez
que o amor deixa de ser a sua
principal fonte de vida." (Raí)