Que Posso?
Que posso além de amar-te calidamente
Como um raio do sol penetrante
Entre a densidade das folhas dos arvoredos?
Que posso além de ver, de sentir, de viver,
De nascer em cada morte, de voltar em cada ida, de chorar cada partida?
Que posso além de amar-te verdadeiramente com o coração
Procurar o teu amor distorcido e vulgar?
Pergunto-te, pois, amaste-me a ponto de jamais
Fazer fechar esta flor na penumbra de suas próprias pétalas?
Pergunto-te não por duvidar
Pergunto-te por tanto assim te amar.