[Laços: Capturas]

Os tradicionais laços da vida, aqueles nós:

sob as suas voltas hígidas, retesadas, brilhantes,

jazem, por vezes, voltas e voltas apodrecidas;

são as laçadas rotas, mascaradas de onipotências,

ou de corrompidas aparências saudáveis.

Assim como os fungos, elas crescem à falta de luz,

de palavras emudecidas,

diálogos desacontecidos... silêncios.

Ao olho desarmado, nu, surgem

as carnes podres de uma relação vencida

que, mesmo disfarçadas com perfumes enganosos,

declaram a data de validade há muito ultrapassada.

Casamento? Eu não disse nada... eu nem sei falar!

Mas sei de capturas, ou de incognoscências traidoras...

Abismos surgidos ante meus passos descuidados.

[Desterro, 16 de setembro de 2011]

Carlos Rodolfo Stopa
Enviado por Carlos Rodolfo Stopa em 16/09/2011
Reeditado em 28/09/2011
Código do texto: T3224032
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