Nietzsche
Nietzsche
Nietzsche não era ateu,
Negava entre o bem e mal
Niilista no fim da crença,
Nativo sem doce e sal.
Nas costas do super homem
Navegou por muito mar,
Nunca se entregou ao culto,
Nada pôde ele adorar.
Nos ventos do sul e do norte,
Nutria um só desejo,
Nadar um dia que fosse,
No rio do seu ensejo.
Naquilo que acreditava
Não deixava de falar.
Num forte acesso de ira
Na loucura foi morar.
Não perdeu assim seu mundo,
Nesse estágio fez ganhar.
Natureza viva e forte,
Noutro canto viu a morte,
Nu no espaço do pensar.
Evan do Carmo Brasília 19/11/2006