EM MEU SILÊNCIO
Mesmo sem me pedir, calei a minha alma e minha voz,
Calei meu peito, me fiz silêncio como pedra em seu canto,
Mas não pude calar minha mente que tanto se agitava e te repetia,
Reclamando diante de absurdo não dizer sentimentos que lhe envolviam,
Resultando em expressa ordem às minhas mãos, que sem me pedir te escreviam,
Ditado de puro pedido de socorro qual bilhetes em garrafa de ilhado náufrago,
Contexto dentro de mim texto em papel espalhado e espesso de puro lamentar,
Desordenados períodos de tempos e modos, apenas querendo ser ouvida a ditar.
Silêncio, resposta em eco, palavras nem mesmo escritas me chegavam a presumir:
Fui ouvido, lido, esquecido.
Silêncio agora em mente, esperando absurdamente qualquer sinal que possa captar,
Ou da presunção sair e assumir, enganosamente, que me enviou as estrelas a brilhar,
Como respostas aos meus gritos, das grutas do profundo desejar, sonhar, silenciar sem brilho, sem teu céu.