DEIXE A PENA CORRER SOBRE O PAPIRO.

Deixe a pena correr sobre o papiro,

Sem cabrestos ou tutela,

Descrevendo as mazelas,

E os sonhos mais bonitos,

Os insólitos malditos,

Também aparecerão,

São os insites da alma,

E as vozes do coração.

Sem pretensões,

Com as emoções.

Te adotas com fervor,

Deixas-te jogada ao acaso,

Exortas de ti o dissabor.

Te refaz em teu ser.

Deixa teu braço guiar tuas escritas,

E reconheça em você as qualidades.

Tens te sentido somente em refração,

Pega outro espelho e converta tua visão.

Volta ao curtume o papiro rabiscado,

E desta borra surgirá um novo ser,

Imaculado.

Miguel Jacó
Enviado por Miguel Jacó em 12/09/2011
Código do texto: T3214362