DEIXE A PENA CORRER SOBRE O PAPIRO.
Deixe a pena correr sobre o papiro,
Sem cabrestos ou tutela,
Descrevendo as mazelas,
E os sonhos mais bonitos,
Os insólitos malditos,
Também aparecerão,
São os insites da alma,
E as vozes do coração.
Sem pretensões,
Com as emoções.
Te adotas com fervor,
Deixas-te jogada ao acaso,
Exortas de ti o dissabor.
Te refaz em teu ser.
Deixa teu braço guiar tuas escritas,
E reconheça em você as qualidades.
Tens te sentido somente em refração,
Pega outro espelho e converta tua visão.
Volta ao curtume o papiro rabiscado,
E desta borra surgirá um novo ser,
Imaculado.