Barcos ancorados na areia
Tem hora que a gente se pergunta, aqui veio? E as respostas nem sempre são as mesmas, ao curso que é difícil a gente se livrar do que é de nossa natureza, então começamos a contar as horas, os dias, os messes, os anos e décadas e vimos ciclos se fecharem, outros se abrirem, os velhos se indo e deixando suas experiências, os novos chegando com novas idéias em cima das velhas experiências, o novo que sempre vem! Mudando transformando, uma lapidação infinita na mente e no tempo de Deus! Vêm-me agora, lembranças daqueles dias em Paquetá. Os seus passos na areia vindo em minha direção, uma árvore contorcida pelo vento, um tapete de grama desafiando o cimento, o cigarro de palha queimado em baixo de uma árvore a beira mar, o beijo na brisa da noite, o olhar calado, daqueles que dizem tudo, o tempo parado em fotografias, centelhas de um amor inacabado, ao cenário de barcos ancorados na areia.