Contos de Dom Diogo.
Durante as noites
Surgem perigos. Nascem pesadelos
Durante as noites
Não se ouve o canto dos pardais
Nem se vê o revoar das borboletas
Apenas a noite
Surgem conflitos imperdoáveis
Contos intermináveis...
Caminhante que se aventura a escuridão
Não esqueças os olhos de quem amou
Não ande por onde não possas voltar
Não durmas...
Sinta!
Apenas durante a noite vemos quem somos
Nós damos conta do que se foi...
Durante a noite
Cantei canções que a ninguém coube ouvir
Toquei instrumentos que ninguém ainda inventou
Derramei lagrimas que a ninguém comoveu
Caminhante não durma...
Sinta!
Porque durante a noite surgem contos intermináveis
Historias incontáveis
Não corra. Não se perca
As noites têm perigos que não desvendo
Apenas as noites
Caminhante descubra onde anda os sonhos
Desvende a canção
Às vezes de noite...
(Nem todo escuro é medo, nem todo escuro é dor...).