A difícil arte de perdoar
No dia-a-dia, vivemos, acertamos, erramos e tantas vezes, ao menor sinal de erro, nos cobramos, mas nem sempre somos humildes o suficiente para pedir desculpas, ou mesmo capazes de desculpar...
Sempre me considerei uma pessoa simples, com enorme facilidade de relacionamento, seja com crianças, adolescentes, jovens ou idosos; de qualquer opção sexual ou credo, de qualquer raça ou cor.
Hoje percebo que essa simplicidade que tenho no “ mundo exterior” não é a mesma que tenho com as minhas relações internas.
Nossa! Como busco a perfeição, quanto me cobro, quanto sofro... tantas vezes em vão.
Não é à toa que tenho dificuldades com o perdão... Como posso desculpar outrem, se não desculpo meus próprios erros, minhas falhas?
Sempre fiz o possível para não errar, para não ter do que pedir desculpas, por achar que desculpar não apaga da lembrança nem do coração o ato motivador da mágoa.
Hoje já não sou / estou tão radical, um amigo me fez ver que os atos de pedir desculpas / desculpar, são mais que exercícios de humildade, são atos de renovação / modificação, um refazer, um transformar...
Ainda não sou capaz de transformar o mármore nem o bronze em belas esculturas / obras de arte, não sou capaz de pedir / dar perdão com cores renovadas, formas específicas.
Estou em evolução, viva, e enquanto há vida, há esperança de mudar...
Um dia ainda serei capaz de dominar a difícil arte do perdão, sem mágoas e / ou culpas.