A CASA
Arrumo a casa
Pinto as paredes
Com cores alegres.
Abro janelas
Deixo a luz entrar
Abro portas
Deixo o vento ventar.
Vou pra porta
Fico a esperar
A visita que não vem
Será que vai demorar?
Meio desanimada
Limpo a poeira do olhar
Para não naufragar.
Volto pra dentro
A rotina me acena
Cansei de esperar
A visita chegar
Fecho a porta
De novo lá dentro
E bem no centro
solidão e desalento!
Casa fechada
não entra vento
E sendo assim,
Não desarruma pensamento.
Casa é ao mesmo tempo: proteção e prisão!
Essa casa minha gente
é o meu coração!
*Poema publicado na antologia do Psiupoético de Montes Claros.