Notas de Rodapé
O que diria cada passado meu
Cada noite ostentando aquela faca sobre o pescoço
Enquanto pequenas notas, rabiscos espalhavam-se pela sala de estar
Eu estava ali
O de ontem, bem. Aquele eu do passado
aquela timidez reprimida
Um canto silencioso de amor
a voz que inebriava os adocicados poemas byronianos
No sofrimento peculiar que institivamente me enrolava entre os braços mornos e frios
Bukowski, Ginsberg, Fante
homens deprimentes brincando de sonhadores
A velhacaria dos homens modernos
Fui, quando nasci a esperança
de uma geração perdida
e hoje quando cresci
tenho esperança
de quem ainda está por vir