Peregrinação

Vaguei sem destino, como estrela perdida no infinito.

Revolvi o universo em romaria.

Enjaulei-me num mundo alucinante.

A saudade me martirizava, em busca de um rosto desconhecido.

Que há muito não via...

A aurora desabrochava...

O dia se alongava até o entardecer, o sol rumava para o ocaso.

A lua iluminada descortinava a noite que penumbrava.

Um dia na sequidão de um encontro,

já havia abandonado a doce esperança.

Adormeci e sonhei que tu me sorrias...

No outro dia, noite de abril,

muita garoa e frio.

Como magia, estava na soleira da tua porta.

Admirando teu porte apolíneo.

As pernas tremiam...

Meu coração purpurino

entrou em taquicardia.

Minha voz emudeceu.

A profecia brilhou...

O ponteiro do tempo cedeu.

Colocando-te nos meus braços.

E, num abraço ouvi tua voz sensual.

Teus olhos mergulharam nos meus, cheios de ternura.

Minha alma desnudou-se por inteira.

Os nossos caminhos se cruzaram.

Unindo um amor que parecia perdido em outras vidas...

magda crovador
Enviado por magda crovador em 27/08/2011
Reeditado em 28/08/2011
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