ENREDOS E VÍCIOS...

Despenhadeiro sem fim, cruel
neste  doce e amargo fel
agreste, nas ondas turbulentas 
oceano profundo, sinistro, abissal
nuvens nebulosas, tempestade virtual
abutres a espreita do moribundo
à sobrevoar o poeta vagabundo
em agonizante despedida
no lamaçal de mentira e perfídia
a punhalada fincada n'alma pequena
tristemente arrependida, aturdida
ajoelha na areia a pecadora Madalena
nas palavras desconexas da mídia
rodopia, ouvindo ao longe a cotovia
incerta, num enredo de vicios 
e medos, neste arremedo de agonia
de tantos temores e suplícios
do côncavo e o convexo, sem nexo
atraído pelo sexo, com tanta euforia
nos poemas de amor, do Vinicius
neste mixto de vaidade e suplício
o eco do grito, jorra ao longe o fel
deste mel...num gozo de tristeza e agonia...
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Nana Okida
Enviado por Nana Okida em 27/08/2011
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