Rosas vermelhas

Toda mulher gosta de rosas, diz um dos versos da música de Ana Carolina. Elas gostam de rosas brancas, azuis, amarelas ou vermelhas. Eu decididamente prefiro as vermelhas. Possuem o rubor dos beijos contidos em lábios inocentes que provocam pensamentos ardentes. São as que contêm segredos que poucos puderam conhecer. Para a história, elas representam um tipo de sincretismo pagão ligado por vezes a mistérios impensáveis que somente almas apaixonadas conseguem acessar. Para os poetas, rosas vermelhas simbolizam paixão, amor e adoração.

Penso que além da significação poética, elas também emanam respeito. Gosto muito dessa palavra: respeito! Envolve um sentimento solene de quem sentiu, mesmo que por uma única vez, a força poderosa, invisível e indestrutível do amor. Respeitar o amor é querer proteger o amor. É guardá-lo carinhosamente fechado a sete chaves. É tê-lo como indicador de que estamos seguros de nossa missão e que certamente norteará a qualquer tempo nossa redenção. Portanto, olhe bem as rosas que a vida oferece. Sinta sua energia amiga e colha suas lições.

Há momentos que queremos contrariar nossa capacidade única de sermos felizes. O oposto disso é a tristeza que encolhe e empobrece nossas almas. Nesse jardim, rosas não florescem. Elas murcham e suas pétalas caem como lágrimas que se perdem nos porões do escuro chão. No jardim dos meus sonhos as rosas emanam o perfume da suave harmonia que conduz ao caminho da felicidade.

Como bem disse Quintana, "a felicidade é um sentimento muito simples, você pode encontrá-la e deixá-la ir embora por não perceber sua singela simplicidade". Eu diria que o que precede a felicidade é o significado atemporal de uma mensagem. Para aqueles que passaram a vida toda correndo ao encontro da senha para abrir o portal da felicidade, ela pode estar embrulhada no pequeno gesto de perceber a mensagem contida no presente que onze rosas vermelhas trouxeram, em um dia muito especial.