DESTRUIÇÃO
Busquei teus dias de verão e o vento só me trouxe o cinza frio que congelou meu coração e cortou o calor que me aquecia. O sol da tua presença se escondeu nas nuvens. A tormenta desnorteou o meu caminho, aumentando a tempestade interior que me desmoronou inteira. O vendaval destroçou os liames que me prendiam a ti. O inverno da tua ausência alquebrou meu corpo frágil.
Tiraste a gravidade que me prendia ao teu centro de força e, qual astro sem rumo, me perdi no infinito escuro da desilusão. Acabrunhada, hoje, eu me debruço na janela da existência e só vislumbro o espaço estéril da minha solidão.