Grito para o infinito

Abro minhas asas prá começar a decolar,

olho prá frente encarando o horizonte,

estou voando... voando... voando devagar...

Já está a certa altitude onde o espaço a vista abrange!

Não estou com medo do instante,

de repente, eis que disparou em tão pouca brevidade,

já em poucas horas estou tão distante,

sinto a emoção do meu corpo na gravidade!

Uauuuuuuuu.... grito para o infinito!

Que lindo, sou leve como um pássaro albatroz,

voo sobre o mar, as montanhas, as árvores, sou espírito,

estou sem destino, no desatino do motor veloz!

Isto me faz vibrar, sentir o perigo

me alucino, coração acelerou, eis que voo,

emoções conflitantes, agonizantes, faz-me ver o jazigo,

tenho medo de cair, há um pico lá no alto rochoso, eu enjoo!

Abaixo somente abismo e tombo,

e agora? Se o motor pifar, como será?

Não nasci águia, sou apenas um jumbo,

vou pousar... É o fim da viagem e da espera!

Mônica Farias
Enviado por Mônica Farias em 23/08/2011
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