O VIRTUAL É IRREAL
Não vou deixar que a tecnologia domine minha vida, nem que me prenda nesta cadeira giratória. Gosto do ar livre, ainda que não goste de frio e vento forte. Levanto cedo, vejo o sol nascendo, enquanto a televisão dos vizinhos dão as primeiras notícias. Não tenho televisor, não escuto rádio, nem uso celular. Não tenho paciência com essas coisas, nem sinto falta. Abro a porta e saio, dou milho para as galinhas, o galo canta, o sol vai subindo, as aves voam felizes. Cultivo flores, vêm as borboletas, os beija-flores. Passa alguém, diz que está bonito. As galinhas vão botar seus ovos. Pego a bicicleta e vou pedalando por estradas de terra; saio da estrada e entro no mato, onde tenho minha criação de abelhas. Observo-as trabalhando, entrando e saindo de seus ninhos, não se importam com minha presença, parece que me conhecem. E o sol já lá no alto. Muitas aves cantando no alto das árvores. Volto pedalando, a tarde vai se apagando, o sol vai descendo no horizonte. À noite estarei diante do computador. Mas não gosto muito de computador, sinto que a internet não é para mim. Não gosto de amizades virtuais, nem de orkut, nem de facebook. Que vontade de só escrever a mão, como eu fazia antes. Era mais legal, mais natural. Acho que vou cancelar essa internet, que me tira dinheiro. Dinheiro que não cai do céu, nem brota da terra. Pesadelos tecnológicos.