AMOR DES-VERDADEIRO

Por séculos os deuses nos privaram,
do amor perante o público. Restaram
aqueles em brilham com alianças.
Eles sim andam livres pelos descampados,
Braços dados, sorriso nos lábios saciados.
O que fizeram para ganhar tal felicidade?
Ao passo que nós, no desencontro letal,
fomos condenados a conversar em libras, 
reduzindo nossos nomes a mesma letra 
no esquecimento dos alfarrábios.
Em revolta ao castigo eminente, imagino

a utopia de explosão de estrelas cadentes.
Para enfim poder amanhecer dormente
em seus braços e ver contigo dois sóis
queimando  em brasa ardente, tal qual o
soldadinho de chumbo e a bela bailarina.



 
 
 


OBRIGADA POR EXISTIR.






 
Railda
Enviado por Railda em 22/08/2011
Reeditado em 08/01/2015
Código do texto: T3175267
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