De que vale carpires às bordas do Abismo? Acaso vão te devolver os sonhos ressequidos, os risos desviados, as mãos sem esperança? A amargura escondida, a suspeitada ternura?
E o que farias tu com tal material, tão inservível ao Mundo? Um dois, dez poemas? E para que? Reduplicar a tua, a humana impotência?
De que vale, repito, lamentares perante esse Hades vivo, perverso, imponderável, guardado por fortíssimas e inumeráveis sentinelas?
...Mas, tudo considerado, melhor é que apenas chores: nada lances ao papel, por bom favor. Não faças da tua tragédia individual um drama coletivo. Com que direito? Para qual finalidade, homem sem Deus?
E o que farias tu com tal material, tão inservível ao Mundo? Um dois, dez poemas? E para que? Reduplicar a tua, a humana impotência?
De que vale, repito, lamentares perante esse Hades vivo, perverso, imponderável, guardado por fortíssimas e inumeráveis sentinelas?
...Mas, tudo considerado, melhor é que apenas chores: nada lances ao papel, por bom favor. Não faças da tua tragédia individual um drama coletivo. Com que direito? Para qual finalidade, homem sem Deus?