Assim falava o caçador

"Não ergo as mãos para o vazio pedindo o impossível".

(R. Tagore)

A todo o momento só pensei nas gerações que virão

Depois...

E que, a língua falada e escrita não são um corpo morto

A profanação do corpo da língua e sua desfiguração...

... Não pode ser vista como um atentado à vida

Nem a cultura social abominará as gírias nessas plagas

Será que estou apto a combater toda e qualquer forma de barbárie cultural?

Homem especialista, abandonado pelas ninfas na floresta do saber

Diante da árvore da vida, optei pelo fruto da árvore do conhecimento

Elas são distintas e continuam à minha frente

Volto, então, para mim mesmo

E o que vejo?

... Byron, Victor Hugo e Brecht entre galhos, fazem-me sombra, mas

Ainda tenho sede, devo alimentar minha essência, como...

... Alguém que tenha pensado e criado no mesmo idioma que o meu?

Em minha cabeça ressoa...

Onde estarão agora...

... Drummond, Quintana, Pessoa?

Devo agir, preciso viver e respirar o novo século

Navegar e buscar as pegadas que me levarão à presa

E, de tanto estudar, compreendi que as pegadas que segui

Eram dele, o filósofo máximo, eram de Nietzsche

Então, o prazo se extinguiu diante dos meus olhos

Eis que, vem o tempo e seus ponteiros e calendários

Rumarei ainda hoje para bibliotecas desconhecidas

E, mais uma vez parto sem dizer adeus aos ordinários

*Aos 501 mestres da literatura mundial

Marciano James
Enviado por Marciano James em 20/08/2011
Reeditado em 20/08/2011
Código do texto: T3171056
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