VIÚVA À JANELA DO EDIFÍCIO

Também apreciei muito de te ver às alturas, – esplendorosa – flor em meio aos raios de sol da inusitada manhã de inverno. Fazia tempo que não te via assim – expectante – acenando efusiva, a olhar o céu como quem está renascendo pra vida. Fiquei feliz, mesmo ao longe, com a percepção difusa da estampa... Hosanas à felicidade, depois de tantas peças em que Dona Alegria esteve ocupada com os mistérios do Outro. E também não abria a sua janela ao Senhor Futuro...

– Do livro SORTILÉGIOS, 2011.

http://www.recantodasletras.com.br/prosapoetica/3168615