À Lua

Oh, Lua!

Pra quem tu cantas todas as noites?

Pra que alma que não te quer ouvir? Pra quem brilhas que não te vê?

Por que falas com esta luz,

Onde queres chegar, qual teu alvo?

Não é possível que estejais mirando uma alma comum.

Não o comum da alma; Só para algo distintamente longe pode ser tua luz.

Onde está teu amado senão no fundo da alma de algum louco?

Amarrado a que corpo está aquele que te compreende por completa?

Oh, Lua!

Com luz para o que já passou dos instintos,

E inspirada num astro de alma superior à tua,

Brilha!