O Espinho da Rosa
O ESPINHO DA ROSA
Uma dor funda me abate...
Medo de perder o que tenho agora e me alimenta...
Se fico longe, me preservo e me guardo, de sentir o que quero e não quero...
Metamorfoseando o amor em sentimento puro, que resiste ao que é efêmero,
Sofro a dor de querer humanamente expressar o amor , para além da palavra e me perder...
Não quero ser o espinho da rosa de Vinícius, que crava na carne, e enquanto o mel quente e vermelho escorre pelas mãos, sente as pétalas da rosa acariciar o corpo,
Que nego ter, para não ser o espinho e não viver o conflito de interferir em outras vidas e não ser mais, motivo de alegria e paz!
Só se o amor souber se dividir, sem que falte a ninguém uma gota de carinho sequer, para que eu possa ser de novo a mulher e tudo o mais que me é profundamente necessário e caro...
Porque parece que nasci para ser e viver o que é, ao mesmo tempo simples e complexo, divino e desumano...
O que Deus quer de mim, se todos os caminhos que se abrem me levam para mais perto do que tento fugir?
O que Deus quer de mim?