O Espinho da Rosa

O ESPINHO DA ROSA

Uma dor funda me abate...

Medo de perder o que tenho agora e me alimenta...

Se fico longe, me preservo e me guardo, de sentir o que quero e não quero...

Metamorfoseando o amor em sentimento puro, que resiste ao que é efêmero,

Sofro a dor de querer humanamente expressar o amor , para além da palavra e me perder...

Não quero ser o espinho da rosa de Vinícius, que crava na carne, e enquanto o mel quente e vermelho escorre pelas mãos, sente as pétalas da rosa acariciar o corpo,

Que nego ter, para não ser o espinho e não viver o conflito de interferir em outras vidas e não ser mais, motivo de alegria e paz!

Só se o amor souber se dividir, sem que falte a ninguém uma gota de carinho sequer, para que eu possa ser de novo a mulher e tudo o mais que me é profundamente necessário e caro...

Porque parece que nasci para ser e viver o que é, ao mesmo tempo simples e complexo, divino e desumano...

O que Deus quer de mim, se todos os caminhos que se abrem me levam para mais perto do que tento fugir?

O que Deus quer de mim?

Joselma de Vasconcelos Mendes
Enviado por Joselma de Vasconcelos Mendes em 12/12/2006
Código do texto: T316319