Raios escuros

   Sempre olhei o céu de manhãs ensolaradas, magníficos os raios do sol que iluminam terra. E a lua, que em noites escuras ainda tem luzes que refletem a reviver os caminho. De tantos pedidos aos astros de nada aconteceu. Às vezes pensei que almejava mais que o possível, porém o que fazem pela terra é uma enorme grandeza, comparado com meus desejos. Sempre senti que a natureza falava comigo diante de tantas coisas, mas um dia as palavras se calaram, as luzes apagaram e de nada restou de atividades satélites. Nem raios, nem brilhos, nem sons... Tudo foi pro vão. Mas quando toda luz e sons voltaram, ou afinal eu pude enxergar e escutar, percebi que nunca estivera sozinho, por mais que eu quisera acreditar. Pensei que de nada poderiam fazer individualmente para mim, mas fizeram. Percebi que o que mandavam a terra era particularmente de cada um. Cabe a cada ser aceitar a luz ou viver no escuro.
Cabe a cada um escutar os sons ou viver surdo.
Percebi que a única coisa que me abandonou foi eu mesmo.
RD Souza
Enviado por RD Souza em 14/08/2011
Reeditado em 03/09/2011
Código do texto: T3159251
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