VISÕES DE AGOSTO
“...E quando, encantada,ela indagou das flores miúdas beirando quintal ,olhando canteiros de tijolos ladeados ,êle sorrindo então respondeu:
_ São apenas junquilhos! Estas... doces ternurinhas de agosto”
Os primeiros junquilhos do mes de agosto
Abriram-se para os jardins de Angelina.
A primeira visão aos olhos da nona
Fez pulsar bem mais forte o coração italiano.
Ela ensaia um louvor...Um aceno ao céu...
Elevam-se os braços, ergue-se a voz.
[Dio mio!...Ma que belo!...]
E toma as flores na concha das mãos.
Da varanda Judith a cena aprecia...
Azul o vestido,de ouro os cabelos,no verde dos olhos
faíscam estrelas!
Há festa na aldeia, reluz a igrejinha.
Passeiam ao vento ecos de acordeon.
Judith se alegra. Quermesse lhe espera.
Prende-lhe a nona,atrás da orelha,
Precoces junquilhos dum agosto distante...
A brisa sacode em azul e dourado
Na tarde festiva que ao sol incendeia
E a moça bonita em passos altivos
Espalha seu cheiro na estrada d´ aldeia.