A diferença entre o Belo e o Bonito

 

Bonito é trabalhar;

Belo é trabalhar com dedicação, humildade e dignidade.

Bonita é uma mansão;

Belo é um lar.

Bonito é aprender;

Belo é ensinar o que aprendeu;

Bonita é uma escultura;

Belo é o que ela simboliza.

 

Não se limitar apenas ao bonito é desvelar a beleza das coisas, é perceber o mundo além das aparências. Quando digo que algo é bonito, simultaneamente estou afirmando que esse algo não é feio, embora isso tenha ficado implícito. Aí está a principal diferença entre esses dois adjetivos. Quando, pois, afirmo que algo é belo, como saberei discernir dessa beleza o “bonito” e o “feio”?

Dessa forma, não posso dizer que o que é belo é também, necessariamente, bonito, ou vice-versa.

Por exemplo: numa fotografia ilustrando uma criança descalça, andando por cima de lixo em ambiente de favela, certamente caracterizarei a cena como sendo uma imagem feia. Mas será que consegui enxergar alguma beleza na imagem? Decerto, a beleza é irrefutável na cena porquanto expressa uma história que fica oculta. O belo é a realidade representada pela criança e pelo ambiente (favela)... é a luta pela sobrevivência...

Por isso, priorizar a beleza das coisas e, sobremaneira, a beleza das pessoas, é imprescindível, pois:

O Bonito é aparente;

o Belo é transparente;

O Bonito limita-se à aparência;

o Belo a esta ultrapassa.

Quem consegue vislumbrar a beleza das pessoas, das coisas e da vida, é alguém que tem o dom de enxergar além da visão. O coração também percebe, compreende e significa. Os olhos do coração atribuem valores ao mundo.

Kélisson Gondim
Enviado por Kélisson Gondim em 13/08/2011
Reeditado em 02/05/2024
Código do texto: T3157821
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