Jantar a Três

Nua a alma

Magnífico leito

Embrenham-se no escaleno endócrino

O linho e a vela.

Feito que jaz na muda veste a lebre

São causas marcadas de véu e cremada, vai

Do manto cru da noite azeda

Um preâmbulo de equidade, sentido invade.

Tilintam vozes adocicadas

Tambores evadem sustenidos entre zunidos

Adeus ao mote, invólucro cinza

Depenada ave de perigalho invisível.

Não soube almoçar, enjeitou o jantar

Quanto à sua presença na ceia...

Confirmada!

(na companhia do açafrão e do vilão).

Cesar Poletto
Enviado por Cesar Poletto em 11/12/2006
Reeditado em 12/12/2006
Código do texto: T315655
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