DENTRO DO MEU CORACÃO
O que cabe dentro do meu coração?
Reflito comigo mesma, e penso: cabem tantas coisas, tantos sentimentos.
Divido meu coração em glebas, e o nomeio a terra do sentir.
A gleba maior é dada para o amor, ah, cabe muito amor em meu coração. Tem muito espaço já tomado, mas existe ainda espaço para amar mais.
Depois um pedaço grande, se destina as lembranças que fazem o coração reviver como se fosse hoje. Esse solo possui terras fecundas, basta jogar um sementinha e lá nascem centenas de recordações.
O local destinado a saudade tem o tamanho do espaço das lembranças. Ah, e esse pedaço vive encharcado, chove demais nessas terras, uma água salgada, está sempre a escorrer e a manter com vida a saudade.
Tem também um espaço para tristezas, a esse, eu gostaria de dar ordem de despejo. Até já dei, mas não fui obedecida, e ela a tristeza por vezes zomba de minha autoridade, e audaciosa tenta invadir as terras do amor, das lembranças e da saudade, alias com essa última a tristeza tem certa afinidade.
O terreno destinado a felicidade, é amplo e ela cuida bem do seu espaço, todo dia arranca ervas daninhas, que chegam sopradas pelos ventos da tristeza. Revolve a terra para que o mofo das lembranças não a contamine demais. E molha diariamente suas terras, com o orvalho da esperança e da fé, para que a saudade não as ressequem.
Enfim meu coração é um campo ora verdejante, repleto de lavandas floridas e frescas. Ora se parece com um campo minado onde as emoções tem que caminhar com cuidado.
Mas com equilíbrio ele vai sobrevivendo.
(foto, Maui e Kauai)
O que cabe dentro do meu coração?
Reflito comigo mesma, e penso: cabem tantas coisas, tantos sentimentos.
Divido meu coração em glebas, e o nomeio a terra do sentir.
A gleba maior é dada para o amor, ah, cabe muito amor em meu coração. Tem muito espaço já tomado, mas existe ainda espaço para amar mais.
Depois um pedaço grande, se destina as lembranças que fazem o coração reviver como se fosse hoje. Esse solo possui terras fecundas, basta jogar um sementinha e lá nascem centenas de recordações.
O local destinado a saudade tem o tamanho do espaço das lembranças. Ah, e esse pedaço vive encharcado, chove demais nessas terras, uma água salgada, está sempre a escorrer e a manter com vida a saudade.
Tem também um espaço para tristezas, a esse, eu gostaria de dar ordem de despejo. Até já dei, mas não fui obedecida, e ela a tristeza por vezes zomba de minha autoridade, e audaciosa tenta invadir as terras do amor, das lembranças e da saudade, alias com essa última a tristeza tem certa afinidade.
O terreno destinado a felicidade, é amplo e ela cuida bem do seu espaço, todo dia arranca ervas daninhas, que chegam sopradas pelos ventos da tristeza. Revolve a terra para que o mofo das lembranças não a contamine demais. E molha diariamente suas terras, com o orvalho da esperança e da fé, para que a saudade não as ressequem.
Enfim meu coração é um campo ora verdejante, repleto de lavandas floridas e frescas. Ora se parece com um campo minado onde as emoções tem que caminhar com cuidado.
Mas com equilíbrio ele vai sobrevivendo.
(foto, Maui e Kauai)