QUANDO TUDO PARA

O relógio nunca para

O tempo para

Os passageiros são varridos

Pelo avião

Pelo homembomba

Pela tempestade de areia

Pelos mísseis do deserto

Pela turbulência.

A vida acaba

Para os que são consumidos pela inanição

Pelos espinhos do facheiro

Pelas balas perdidas

Cruzando o morro e o asfalto

Iluminam as noites do Rio

O Redentor assustado

Abre os braços

Numa evidente rendição.

Joel de Sá
Enviado por Joel de Sá em 08/08/2011
Código do texto: T3148183
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