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RETOQUES DE AGOSTO
Brotam do charco as margaridas primeiras. Acabrunhadas,singelas,respingam-se em branco aqui e acolá...Em neblina de organza esboçam sorrisos .
[ Sorrisos de agosto]
Verdeja o lodaçal em hastes a sonhar setembro.
[Sou eu,apenas um caminhante]
Retoca-me os passos, a trilha vadia do meu dia à dia.
Pendentes em galhos,num leito de estrada,algumas laranjas são doces recados,de “gostos” de agosto.
Assim nasce um dia com sêlo de agosto!...De céus de fumaça,do môrno dos ventos,de ternos junquilhos dizendo de amores de adolescência...Tão belos,tão puros,porém,tão fugazes...De vidas tão curtas,como a vida das flores que dura apenas seus dias de odores por entre quintais.Porém,
[Junquilhos retornam com cheiros iguais.Fugazes amores?...Voltam jamais]
E vou caminhando,calado sòzinho...Pensamento que voa, leva-me à toa...
[Me deixa à mil sob um céu de anil]
Aí me vejo parado num tempo de escola:Caderno,cartilha,lapis,merenda...
[Uma flor de oferenda]
Outra vez minha boca traz um gosto de menta,[chiclete de bola,material na sacola]
Cabelo engomado, tarde fumarenta.
Um olhar miudinho,
[professora charmosa,cheirando à "leite de rosas"]
conduzindo destinos de afoitos meninos.
E as mãos se entrelaçam no aperto do lapis desenhando contornos das primeiras vogais...À mim tão perfeitas!...Feito ondas que deitam em dourados trigais.
Por que eram de agosto aquelas tardes amenas. Ilusões,alegrias,aldeias serenas...
É ainda de agosto esta manhã vadia retocando meus sonhos na aragem tão fria.
Porque agosto é prenúncio de chegada de flores ,de céus azulados,corações retocados para grandes amores...
Ilusões,esperanças,douradas lembranças...
[E sou eu,caminhante]
Livre,sôlto em jornada
Com meu jeito esquisito
Pés no chão da estrada
Coração no infinito.
RETOQUES DE AGOSTO
Brotam do charco as margaridas primeiras. Acabrunhadas,singelas,respingam-se em branco aqui e acolá...Em neblina de organza esboçam sorrisos .
[ Sorrisos de agosto]
Verdeja o lodaçal em hastes a sonhar setembro.
[Sou eu,apenas um caminhante]
Retoca-me os passos, a trilha vadia do meu dia à dia.
Pendentes em galhos,num leito de estrada,algumas laranjas são doces recados,de “gostos” de agosto.
Assim nasce um dia com sêlo de agosto!...De céus de fumaça,do môrno dos ventos,de ternos junquilhos dizendo de amores de adolescência...Tão belos,tão puros,porém,tão fugazes...De vidas tão curtas,como a vida das flores que dura apenas seus dias de odores por entre quintais.Porém,
[Junquilhos retornam com cheiros iguais.Fugazes amores?...Voltam jamais]
E vou caminhando,calado sòzinho...Pensamento que voa, leva-me à toa...
[Me deixa à mil sob um céu de anil]
Aí me vejo parado num tempo de escola:Caderno,cartilha,lapis,merenda...
[Uma flor de oferenda]
Outra vez minha boca traz um gosto de menta,[chiclete de bola,material na sacola]
Cabelo engomado, tarde fumarenta.
Um olhar miudinho,
[professora charmosa,cheirando à "leite de rosas"]
conduzindo destinos de afoitos meninos.
E as mãos se entrelaçam no aperto do lapis desenhando contornos das primeiras vogais...À mim tão perfeitas!...Feito ondas que deitam em dourados trigais.
Por que eram de agosto aquelas tardes amenas. Ilusões,alegrias,aldeias serenas...
É ainda de agosto esta manhã vadia retocando meus sonhos na aragem tão fria.
Porque agosto é prenúncio de chegada de flores ,de céus azulados,corações retocados para grandes amores...
Ilusões,esperanças,douradas lembranças...
[E sou eu,caminhante]
Livre,sôlto em jornada
Com meu jeito esquisito
Pés no chão da estrada
Coração no infinito.