O que será, que será?
Na rapina fazem vigília
No trottoir circulam em vigília
No féretro choram em vigília
Na espera olham ao longe em vigília
O que se há de chegar
O que haverá de trazer
Que alegria nos dará
Que sensação no encontro
Passa o tempo na espreita
Evitando rotas estreitas
Cercados em vicissitudes
Esgueirando-se em atitudes
Quando com a vida vis-à-vis
Pergunta-se se é feliz
E a vida, olhando de esguelha
Sem nos dizer Tête-à-tête
Que a alegria não enche uma vasilha
Se não esperarmos pacientes em vigília