Questões da alma
Quando a solidão envolve, obriga-nos a mergulhar profundamente e confrontar, nos recônditos da alma, sentimentos e emoções com racionalidade.
Não muito raro percebemos que estes conflitos consistem no fato de nos deixarmos dominar por eles.
A ilusão, esse vazio interior, inexplicável, incompreensível, leva-nos a confundí-los, a nos deixar envolver pelas emoções que provocam e invariavelmente, sofremos.
O mundo das ilusões onde, quase sempre, nos escondemos para fugir da realidade, é pura miragem. Ao final, cada dor, decepção, alegria, tristeza, incompreensão, cada um, precisa ser encarado, dissecado, desnudado, para ser aceito e incorporado ao novo ser que então emerge mais forte e racional.
Nunca sentimentos e emoções deveriam dissociar-se da racionalidade. Sendo produzidos na zona do coração, a razão os manteria nos limites do possível, evitando prováveis enganos e mais sofrimentos.
A alegria, a felicidade, deveriam resultar da consciência livre de arrependimentos e da certeza de decisões acertadas.
Felicidade portanto é uma quimera, instante de euforia, bolha de sabão, que se dissolve ao primeiro piscar de olhos. O que resta quando se vai, é uma leve sensação de frescor como prova de sua efemeridade.
Amor e dor não são tão somente rima de poeta, mas realidade perversa da condição humana, recheada de desencontros, das lutas entre querer e poder, sorrir e chorar.
Qual a escolha perfeita quando as questões tocam a sensibilidade da alma ?