PALCO DA DESGRAÇA...
São gélidas, minhas noites
do teu corpo, tão distante.
Rolando na cama, a insônia
sentindo-me escrava do chicote
destes teus açoites
sem a parcimônia
do meu fricote...
A taça caida sobre o tapete
espalha e azeda o vinho...
Na vitrola, a música repete
bêbada de saudade
descontrolo, desequilibro e caio.
Teu suave toque, na lembrança
aumenta a vontade
o desejo e a esperança...
Visto-me apressada, saio
e naquele antro, imundo
peço ao garçom encebado
o drink inacabado
daquele moribundo.
Subo no palco da desgraça
gritando com a bêbada graça
o tanto que te amo
e, quanto te chamo!!!