sobre-tudo.

Meus pés dançaram sozinhos, enquanto seus sapatos tropeçavam trôpegos em meus cabelos.

Sobrevivi, sobrerrevi, o rosto a raspar no chapiscado da sua pele, o sangue pisado pelo seu corpo. Centralizei-me e vi: eram pedaços de discos que quebrados serpenteavam e quebracabeceavam nosso amor pra fora da tela. Era de manhã, e o sol era uma aquarela amarga do seu sorriso.

Preferi-me morto. Mas

sobrevivi, sobressaltei por

sobremorrer.

Especializei-me em degustar a cica, cicuta, um velho sabor de manga verde perto. Me

sobrevi,

sobrematei,

sobremorri.

E sobre mim, tu.

E sobre tu,

Tudo.

Gustavo Alvaro
Enviado por Gustavo Alvaro em 03/08/2011
Código do texto: T3137580
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