Século errado
Às vezes acho que meu mal
É ter nascido muito adiantada
Pois todo o meu ser
Esta há séculos atrás
Meu coração chora a poesia
Os doces madrigais que não vivi
Meus olhos ainda fantasiam
Os jovens guerreiros que não vi
Trazendo em mãos a espada
E na outra, flores do campo a para mim
É estar em um salão iluminado a velas
A flertar com o rosto escondido
Atrás do leque
O jovem que a muito me enamorei
Espero então que ele possa
Vir me pedir para dançar a polka
E eu irei com rosto afogueado
E o coração de tão feliz apertado
Mas...
Não mais estou há séculos atrás
Vivo o mundo de ferro e concreto
Petróleo é a ordem!
Acorda mulher!!!!
Silvia Fedorowicz
Mulher Camaleoa