Sempre soube

Embora eu saiba

Que da nuvem negra

Sai água límpida e criadora

E a chuva tamborila em meu teto

Não consigo pensar em nada

A não ser que nesse momento

Sinto-me infeliz criatura

Com ferida que não cura

Que não quer cicatrizar

O ferido amor saudade

Fica a me incomodar

Mas assim que te vi, soube

Não eras homem de ficar

Eternamente ao lado

De uma só companheira

Não que não tentes

Não podes!

Fica tranqüilo, eu espero

Ate tudo terminar

E ai te mandarei

Esta pequena trova

Só para te mostrar que

De ti eu esperei tudo

Sabendo,

Nada havia a ganhar.

Silvia Fedorowicz

Mulher Camaleoa

Rio de janeiro, 29 de julho de 2011

Mulher Camaleoa
Enviado por Mulher Camaleoa em 29/07/2011
Código do texto: T3127399
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