Sayuri.
céu azul
cores nuas em teu véu
como gueixa adormecida
eu te tiro a manta
e te coloco na cama
enquanto penso se é sol ou inverno
meu corpo crescendo dentro de ti
mil eflúvios
eu te vejo
ainda abraçada ao obi
mas ele não é mais teu
tudo que era ontem se foi, morreu
e mudou de vez a minha vinda
como se fosse tu, linda
a única vivente
reticente e silente
venha e se sente
do meu lado
eu sabia.
14/11/2007 - madrugada.